sábado, 13 de novembro de 2010

GABARITO DO TESTÃO: 13/11/2010

Meus queridos, estou disponibilizando o gabarito do testão (13/11/2010). Espero que tenham se saído bem.
Bom fim de semana... beijos.


6º ANO
7º ANO
8º ANO
2º ANO
1)      A
2)      C
3)      B
4)      A
5)      A
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1)      A
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8)      A
9)      C
10)  A
1)      A
2)      A e B
3)      A
4)      C
5)      E
6)      B
7)      E
8)      C
9)      B
10)  E

sábado, 26 de junho de 2010

GABARITO DO TESTÃO - 26/06

Meus queridos, aqui está o gabarito do testão.
Qualquer dúvida, deixe um recadinho.
Bom final de semana... e bom descanso.
Beijos.
6º ANO
7º ANO
8º ANO

2º ANO -  ENSINO MÉDIO

1) E
2) B
3) D
4) C
5) A
6) B
7) E
8) D
9) B
10) A
1) E
2) C
3) D
4) A
5) D
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6) D
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2) E
3) E
4) E
5) A
6) E
7) E
8) E
9) D
10) B

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Mais curiosidades sobre a Peste Negra.

Durante a Idade Média, um dos aspectos mais fundamentais da higiene, o banho, era considerado prejudicial se tomado em excesso. E "banhar-se em excesso" geralmente significava fazê-lo mais de duas ou três vezes por ano. O cheiro de corpos não lavados impregnava todas as casas. Mesmo os monges banhavam-se apenas duas vezes por ano, antes da páscoa e antes do natal. Nas áreas urbanas, o esgoto e a água usada eram simplesmente atirados pela janela, muitas vezes na cabeça das pessoas que tivessem a infelicidade de estar no lugar e hora errados.
As roupas eram lavadas muito raramente, geralmente duas ou três vezes por ano, devido à raridade e ao custo do sabão, e conseqüentemente viviam infestadas de pulgas, percevejos, piolhos e traças. Catar piolhos era uma atividade regular das famílias, sendo mesmo uma forma de lazer. Quem mais corria risco eram os recém-nascidos, já que as mulheres costumavam forrar as camas com lençóis sujos e velhos para dar à luz, pois assim não estragavam os bons. Entre um quarto e um terço das crianças morriam antes de completar um ano e muitas outras antes dos dez anos. De cada dois nascimentos bem-sucedidos podia resultar um único adulto saudável. As casas eram ninhos de ratos, que disputavam com os animais de criação os restos de comida. 
A peste negra se manifesta de três formas: a pneumônica, que ataca os pulmões; a septicêmica, que infecta a corrente sangüínea; e a bubônica, a mais comum, cujo nome deriva das tumefações do tamanho de um ovo, conhecidas como bubos ou bubões, que aparecem no pescoço, nas axilas ou nas virilhas do doente nos primeiros estágios da doença.
Os vetores do bacilo podem ser vários tipos de insetos hematófagos, que o transmitem através da picada. O mais comum destes vetores é a pulga, que na época parasitava tanto o pequeno rato preto dos navios, o rato marrom, muito comum nos esgotos. O bacilo vive alternadamente no estômago da pulga e na corrente sangüínea do rato. Até hoje não se sabe o que precipitou a mutação do bacilo da forma inócua para a virulenta.
A doença era aterrorizante. Os bubões purgavam pus e sangue, e eram acompanhados por manchas escuras, resultantes de hemorragias internas. Os doentes sentiam dores muito fortes e geralmente morriam em até cinco dias após a manifestação dos primeiros sintomas. No caso da forma pneumônica, o doente tinha febre alta e constante, tosse forte, suores abundantes e escarro sangrento, e morriam em três dias ou menos. Em ambos os casos, tudo que saía do corpo - hálito, suor, sangue dos bubões e pulmões, urina sanguinolenta e excrementos enegrecidos pelo sangue - cheirava extremamente mal. A depressão e o desespero acompanhava os sintomas físicos, o que levou alguns cronistas da época a dizer que "a morte se estampava no rosto dos condenados". 
Diante do avanço da praga, a solução mais comum era a fuga. Grandes parcelas da população migraram para o campo, tentando escapar do ambiente insalubre das cidades. A peste era o tipo de calamidade que não inspirava solidariedade. O fato de ser asquerosa e mortal não aproximava as pessoas num sofrimento mútuo,  mas apenas aumentava seu desejo de escapar da mesma sorte. Desse modo, a fuga era generalizada. Fugiam os magistrados e notários, que se recusavam a fazer o testamento dos agonizantes, fugiam os padres, em pânico diante da perspectiva de ouvir as confissões dos moribundos, e fugiam os médicos, o que só piorava o quadro geral. Para muitos, o fim do mundo era tido como certo, o que os levava a procurar o esquecimento no prazer sem freios, "dia e noite, iam de uma taverna para outra, bebendo e farreando desenfreadamente". A devastação causada pela peste diminuiu sensivelmente após 1350, embora a doença permanecesse no continente europeu, de forma endêmica, até o início do século XVIII. Sua marcha mortal pela Europa deixou seqüelas permanentes, que transformaram a relação entre as pessoas, abalaram a imagem de infalibilidade do clero, reforçaram a fé pessoal e aumentaram a popularidade de cultos místicos.  Na arte, mudou a forma de representação da morte, apresentada sempre de forma assustadora, levando com seu abraço os falecidos horrendamente descarnados e torturados, testemunhas permanentes das imensas cicatrizes sociais e psicológicas provocadas pela peste negra.

RESUMO SOBRE A PESTE NEGRA

A Peste Negra, conhecida também como Peste Bubônica, foi nome dado a uma doença originária doOriente, que se alastrou na Europa entre os anos de 1347 a 1350. Essa doença que era provocada por pulgas de ratos, chegou a Europa Medieval através de navios que vinham com muitos ratos no meio das mercadorias.

Os ratos encontraram o local ideal para se proliferar, pois os europeus não tinham noções de higiene, o que facilitava o contágio. O doente morria geralmente em três dias com o corpo coberto de manchas azuis ou negras.

Até hoje não se sabe como terminou a peste negra, mas podemos dizer que a proliferação da doença atingiu proaticamente toda a Europa e causaram grandes inovações, como alguns centros de pesquisas médicas, hospitais e cuidados com a higiene.

Quer saber mais sobre a Peste Negra? O próximo artigo tras mais detalhes.
Boa leitura..... e arrase na prova!!!!

Bjus.

http://www.youtube.com/watch?v=-3YAnQfcV80&feature=player_embedded

RESUMO SOBRE A PESTE NEGRA

A Peste Negra, conhecida também como Peste Bubônica, foi nome dado a uma doença originária doOriente, que se alastrou na Europa entre os anos de 1347 a 1350. Essa doença que era provocada por pulgas de ratos, chegou a Europa Medieval através de navios que vinham com muitos ratos no meio das mercadorias.

Os ratos encontraram o local ideal para se proliferar, pois os europeus não tinham noções de higiene, o que facilitava o contágio. O doente morria geralmente em três dias com o corpo coberto de manchas azuis ou negras.

Até hoje não se sabe como terminou a peste negra, mas podemos dizer que a proliferação da doença atingiu proaticamente toda a Europa e causaram grandes inovações, como alguns centros de pesquisas médicas, hospitais e cuidados com a higiene.

Quer saber mais sobre a Peste Negra? O próximo artigo tras mais detalhes.
Boa leitura..... e arrase na prova!!!!

Bjus.

IDADE MÉDIA - A FORMAÇÃO DA BURGUESIA

Burguesia

No século XIII com o fim das Cruzadas ocorreu uma grande alteração no quadro econômico europeu que resultou na abertura do Mar Mediterrâneo e no chamado Renascimento Urbano e Comercial. Todas estas mudanças ajudaram a colocar um ponto final no já decadente Sistema Feudal.
Com as Cruzadas surgiram as primeiras rotas comerciais formadas pelos antigos cavaleiros que, ao retornarem a Europa, iam saqueando as cidades orientais e vendendo as mercadorias adquiridas (jóias, tecidos, temperos, etc.) pelo caminho. Durante esse período, estes mesmos mercadores, como forma de proteção, começam a construir cidades protegidas por muralhas, conhecidas como burgos. Os burgos abrigavam também os camponeses, que com a decadência do feudalismo e consequente perda de poder dos senhores feudais, deixam os feudos e buscam refúgio nestas fortalezas. Originalmente, o termo burguês era usado para se referir a estas pessoas que residiam nos burgos. Mas aos poucos o termo passou a ser usado para designar um grupo que começava a se estabelecer como força econômica, a transformar os meios de produção e que se dedicava às atividades comerciais. Esses comerciantes tinham o lucro como objetivo, chamado também de usura, prática que por muito tempo foi condenada pala Igreja Católica, a maior instituição da época. Do ponto de vista ético, a prática da usura também era vista como desonesta pela maioria das culturas e civilizações da época.
Nos séculos XVII e XVIII a burguesia teve grande importância no declínio do sistema absolutista apoiando diversas revoluções, que ficariam conhecidas como revoluções burguesas, como, por exemplo, a Revolução Inglesa e a Revolução Francesa, deixando assim, o caminho livre para a expansão do capitalismo e para a propagação da “filosofia burguesa”, da qual se originaram os conceitos de livre comércio, liberdade pessoal, direitos religiosos e civis.
Conforme o comércio e a economia se expandiam, crescia também o poder e o domínio desta classe, fato que foi consolidado com a Revolução Industrial no século XVIII; a partir deste ponto o capitalismo industrial se afirmou como sistema econômico mundial, e a divisão da sociedade entre burguesia e proletariado se tornou ainda mais evidente.
Com a aparição da doutrina marxista, a partir do século XIX, a burguesia passou a ser identificada como a classe dominante do modo de produção capitalista e, como tal, lhe foram atribuídos os méritos do progresso tecnológico, mas foi também responsabilizada pelos males da sociedade contemporânea. Os marxistas cunharam também o conceito de "pequena burguesia", que foi como chamaram o setor das camadas médias da sociedade atual, regido por valores e aspirações da burguesia.
Pela forte carga ideológica que o termo hodiernamente acarreta, falar em burguesia para períodos anteriores ao século XVII constitui, senão um erro, pelo menos uma inexatidão histórica que convém precisar. Se desde o século XII há burgueses (os habitantes dos burgos), e estes paulatinamente vão fazendo do comércio a sua fonte de receitas, no entanto, para este grupo é preferível usar expressões neutras do ponto de vista ideológico, como mercadores ou comerciantes.
A ascensão do elemento burguês também se verifica através, por exemplo, do estudo - o acumular de riquezas possibilita aos filhos dos mercadores estudar nas universidades, instruírem-se, tornarem-se no corpo de letrados que auxilia o rei numa época de restauração do direito e de fortalecimento do poder real, conduziu mais tarde ao que se chamou de absolutismo. Muitos destes letrados, filhos de burgueses, que servem devotadamente o rei, são recompensados por vezes com títulos de nobreza.

terça-feira, 22 de junho de 2010

CONTEÚDO DA AVALIAÇÃO BIMESTRAL - 2º ANO

ESTE É O CONTEÚDO QUE VCS DEVERÃO ESTUDAR PARA A AVALIAÇÃO BIMESTRAL

  • Invasões holandesas;
  • Movimentos Nativistas;
  • Família Real no Brasil; 
  • Independência do Brasil.

COROA PORTUGUESA ANTECIPA INDEPENDÊNCIA

Entre 25 e 27 de novembro de 1807, certa de 10 a 15 mil pessoas embarcaram em 14 navios: a família real, a nobreza e o alto funcionalismo civil e militar da Corte. Traziam consigo todas as suas riquezas. Os soldados franceses, quando chegaram a Lisboa, encontraram um reino pobre e abandonado.

A viagem da elite porguesa não foi nada fácil, em especial devido a uma tempestade que dispersou os navios. Enquanto parte deles veio dar no sudeste, o que conduzia Dom João, aportou na Bahia, em janeiro de 1808. Em março, o príncipe regente preferiu transferir-se para oRio de Janeiro, que naquele momento era pouco mais que uma vila.

De uma hora para outra, o Rio se viu obrigado a alojar uma multidão de nobres e autoridades. Para os donos do poder, porém, na havia problemas. Dom João requisitou as melhores residências, simplesmente despejando seus moradores. Dali, agora, o Império Português seria governado.

Apesar dos transtornos, as consequências da vinda da família real portuguesa para o Brasil foram positivas e culminaram com o processo de Independência do país.

Para começar, ainda na Bahia, Dom João pôs fim ao monopólio comercial da colônia, decretando a abertura dos portos às nações amigas.

Todas as atividades no país se dinamizaram com a fixação da Corte no Rio de Janeiro. A necessidade de melhoramentos resultou em medidas que trouseram rápido progresso. Por exemplo, revogou-se a lei que proibia as indústrias em nosso território e promoveu-se a melhoria de portos e a construção de estradas.

A administração foi organizada pelo príncipe regente, com a criação de três ministérios, (Guerra e Estrangeiros; Marinha; Fazenda e Interior), a fundação do Banco do Brasil, a instalação da Junta Geral do Comércio e da Casa de Suplicação, esta última o Supremo Tribunal da época.

Em 1815, o Brasil foi elevado à categoria de reino, de modo que todas as terras protugesas passaram a chamr-se Reio Unido de Portugal Brasil e Algares. Com isso, o país deixava de ser colônia e ganhara um novo status político.

Nos tês anos seguintes, com a morte da rainha dona Maria Primeira (1816), o príncipe regente seria aclamado e coroado rei, como Dom João VI (1818). A partir de 1821, as capitanias passaram a ser chamadas de províncias e a divisão territorial do Brasil se aproximou da atual. A administração ficou centralizada nas mãos do rei e dos governadores das províncias a ele subordinados.

Culturalmente, o desenvolvimento no período também foi enorme: abriram-se teatros, bibliotecas, academias literárias e científicas, para atender não só à própria Corte, mas a uma população urbana em rápida expansão. Durante a estada de Dom João, a população da capital dobrou: de 50 mil para 100 mil habitantes.


Não se pode, porém, exagerar os resultados das transformações que o país sofreu. Apesar das medidas liberalizantes, por exemplo, a indústria não se desenvolveu, pois não poderia competir com a inglesa. A Inglaterra aproveitou-se de sua posição para impor a importação de seus produtos e o comércio exterior brasileiro logo se tornou deficitário. O caráter agrário do país só se modificaria definitivamente no século XX.


A administração portuguesa mantinha os traços do absolutismo, do que dá testemunho a imprensa: o principal jornal brasileiro de então, "Gazeta do Rio de Janeiro", era uma espécie de diário oficial e ainda assim, estava submetido à censurs. O único jornal brasileiro independente, que criticava a administração lusitana, era o "Correio Brasiliense", de Hipólito José da Costa. Contudo, era editado em Londres, entre 1808 e 1822.


Da mesma maneira, de um modo geral, os cidadãos portugueses eram privilegiados em relação aos naturais da terra. A manutenção da Corte exigiu um aumento de impostos. O nodeste se viu prejudicado com a concentração de poder no Rio de Janeiro (o que foi uma das causas da Revolução Pernambucana de 1817). Frustrações e insatisfações começaram a alimentar o processo de Independência, que foi beneficiado pelas grandes mudanças que também ocorriam no continente europeu e em Portugal.


Em 1815, Napoleão sofreu sua derrota definitiva em Waterloo e foi feito prisioneiro na longínqua ilha de Santa Helena, onde morreria cerca de seis anos depois. Em 1811, os exércitos nepoleônicos ja haviam se retirado de Porgual, que, entretanto, continuou a ser governado desde o Brasil.


Em 1820, eclodiu no país a Revolução Liberal, que visava enfrentar as enormes crises
que tomaram conta no país durante os últimos nove anos:

a) crise política provocada pela ausência do rei e dos órgãos de governo;
b) crise econômica, pois o fim do monopólio comercial beneficiou o Brasil e a Inglaterra;
c) crise militar, pois o comando do exército português estava nas mãos dos ingleses.


A Revolução Liberal teve um significado ambíguo para o Brasil, ao qual os revolunionários portugueses pretendiam fazer voltar a uma posição subordinada. No fim de 1820, uma junta provisória, governando em nome do rei enquanto exigia sua volta a Lisboa, resolveu convocar as Cortes (órgãos parlamentares) a serem eleitas em todo o mundo português e aprovar uma nova Constituição para o Império. Em mais de 200 deputados, o Brasil teria direito a cerca de 70.


Esse processo revolucionário acabou pondo Dom João VI em xeque. Sua permanência no Brasil podia significar a perda do trono. Assim em abril de 1821, ele embarcou para Lisboa com seu séquito (conjunto de pessoas que acompaham alguem por dever oficial, ou cortesia - comitiva). Em seu lugar deixou o filho Pedro, como príncipe regente. Da tensão entre a regência do príncipe e as pretensões recolonizadoras das Cortes de Lisboa resultaria a Independência do Brasil.


Dom João VI deixava o Brasil, acompanhado por 4 mil pessoas, levando tudo o que puderam, inclusive todo o outro que existia no Banco do Brasil. Grupos brasileiros tentaram impedir a volta das joias e dos bens do Tesouro para Lisboa.


Cantava-se nas ruas:


"Olho vivo,
pé ligeiro,
vamos a bordo,
buscar o dinheiro"


Bom estudo meus queridos!!!!

FAMÍLIA REAL NO BRASIL

A Família Real e a Independência do Brasil


A fuga da corte portuguesa para o Brasil gerou várias conseqüências, sendo que não são poucas as que contribuíram direta ou indiretamente para a independência da colônia.
Como primeiro exemplo, podemos citar a abertura dos portos às nações amigas. Esse decreto, parte do acordo entre Portugal e Inglaterra (os ingleses concordaram em ajudar na fuga se tivessem permissão para o comércio com o Brasil), mudou muito a vida dos brasileiros da época. Segundo o Pacto Colonial, a colônia só podia ter relações comerciais com a sua metrópole e, com a extinção disso, a independência ficou mais próxima. Agora, o Brasil não tinha que vender mercadorias por preços baixíssimos para Portugal e comprar produtos por preços astronômicos da metrópole.
Outra mudança de Dom João VI que teve efeitos para a nossa independência foi a industrialização do Brasil. Se as novas máquinas e equipamentos não tivessem vindo pra cá, a indústria brasileira não teria evoluído tanto. Depois disso, o país passou a fabricar outros produtos, de maior qualidade e em maior quantidade. Sem a industrialização, as fábricas brasileiras não seriam tão independentes na fabricação, e o povo não se sentiria mais à vontade em termos econômicos sem isso (se o Brasil ainda fosse tão dependente de Portugal como era antes, teríamos enfrentado mais problemas na Independência).
A imprensa no Brasil também teve papel significante na independência. Antes da mudança da corte, era proibida a publicação de qualquer material na colônia. Depois de 1808, foi criado o Correio Braziliense em Londres, que falava muito sobre algumas idéias que originaram algumas revoltas em território brasileiro e, mais tarde, foram a base para a independência.
Assim, podemos perceber que vários fatos influenciaram direta ou indiretamente na nossa independência. Sem eles, ela teria ocorrido também, mas mais tarde.

MOVIMENTOS NATIVISTAS

MOVIMENTOS NATIVISTAS E DE INDEPENDÊNCIA

Saiba a diferença que existe entre esses dois termos.

Nativismo representa movimentos de defesa da terra, sem qualquer caráter separatista. Havia nos nativos uma consciência de brasilidade, um sentimento de que o Brasil, embora fiel a Portugal, tinha diferenças na sua cultura e objetivos, que precisavam ser respeitadas pela coroa portuguesa. Cada vez mais os brasileiros se insurgiam contra a interferência dos reinóis (portugueses vindos do reino), que por sua vez não viam com bons olhos os nascidos no Brasil, nem tampouco aqueles que, embora vindos de Portugal, já tinham adquirido o jeito de viver da terra. Além do mais, após a restauração de Portugal, com a nova dinastia da Casa de Bragança, aumentou a pressão do reino contra as colônias, criando uma situação difícil e injusta a que os nativos, com consciência política já mais desenvolvida, relutavam em aceitar. 

Já os movimentos de Independência, ou separatistas, eram mais radicais e pretendiam, de fato, separar o Brasil de Portugal, criando um governo próprio e soberano, sem interferência externa de qualquer natureza. Embora os movimentos nativistas fossem acompanhados com uma certa tolerância e até mediação por parte dos Governadores, já as tentativas de independência foram rechaçadas com energia e violência, aplicando-se nos insurgentes sérios castigos, para evitar  que o exemplo fosse seguido por outros.

  • Os irmãos Beckman (ou Bequimão)
      Movimento ocorrido no Maranhão, em 1684 teve duas causas diferentes, embora entrelaçadas. De um lado, os Jesuítas protestavam contra a escravidão dos índios, o que prejudicava o seu trabalho de catequese. Inutilmente reclamaram, primeiro ao Governador e, depois, à própria Metrópole, cujas ordens chegavam ao Maranhão (então com um governo separado do restante do Brasil), mas simplesmente não eram cumpridas. Do outro havia a revolta da população em geral, inclusive dos escravocratas contra a Companhia de Comércio do Maranhão, fundada em 1682 e que recebeu da coroa o direito  de monopolizar a atividade comercial, controlando a exportação e a importação e estabelecendo os preços segundo seu próprio critério. Em troca, a Companhia se comprometeu a proceder a importação de 500 escravos africanos por ano, que seriam vendidos a um preço pré-estabelecido em contrato, de maneira a substituir, paulatinamente, o escravo índio pelo escravo negro. O monopólio foi estabelecido imediatamente, mas a importação de escravos não chegou a acontecer.
Aproveitando-se da fragilidade do governo local, um grupo de 60 homens armados, comandados pelos irmãos Manuel Beckman e Tomás Beckman, depõe o capitão-mor Baltazar Fernandes e reivindicam o fim imediato do monopólio. Todavia, logo depois, chega ao Maranhão o novo governador, Gomes Freire, que restabelece a ordem, e manda enforcar Manoel Beckman, enquanto que seu irmão foi exilado. A Companhia de Comércio foi extinta e a Companhia de Jesus voltou à sua atividade de catequese, mas os índios que participaram da guerra foram incorporados ao braço escravo.

  • Emboabas (1708)
      A Guerra dos Emboabas foi uma simples luta pela posse das minas, já que os paulistas, que primeiro haviam descoberto as jazidas de ouro de Sabará e se aprofundaram pela região à cata de novos tesouros, passaram a considerar uma intrusão a chegada de elementos estranhos para participar da lavra do minério. Portugueses ou não, esses invasores passaram a ser conhecidos por emboabas, nome que lhes foi dado pelos índios, por calçarem longas botas, à semelhança de pássaros com as pernas empenadas. No embate entre as duas forças prevalecia a lei do mais forte, já que o governador da capitania não tinha condições nem vontade política de mediar a questão, que se tornou grave com o massacre de trezentos paulistas, já rendidos e desarmados. Um novo encontro sangrento deveria ocorrer com a chegada, de São Paulo, da tropa comandada pelo bandeirante Amador Bueno da Veiga, mas, providencialmente, toma posse um novo governador e os emboabas consentem em assinar um tratado de paz.

  • A guerra dos mascates (1710)
      Era antiga a rivalidade entre os fazendeiros estabelecidos em Olinda, em franca decadência, e os ricos comerciantes portugueses residentes em Recife, apelidados desdenhosamente de mascates. Após a expulsão dos holandeses, caiu a venda de açucar, criando dificuldades aos ruralistas olindenses que, de mau grado, tiveram de se socorrer de empréstimos feitos pelos comerciantes recifenses. Embora Olinda permanecesse sede de Comarca, os habitantes de Recife pleitearam e conseguiram sua elevação à categoria de vila, ganhando autonomia administrativa e provocando sérios embaraços quando se discutia a fixação das divisas entre as duas localidades. Revoltados, os olindenses organizaram uma tropa de 20 mil homens, invadiram Recife, destituiram os mascates que representavam a autoridade da  vila e se assenhorearam dela. Após destruir o pelourinho, que simbolizada a autoridade local, nomearam para governador o bispo Alvares da Costa, enquando um chefe olindense mais ousado e radical, de nome Bernardo Vieira de Melo, chegava a propor a procamação de uma república independente. A ordem foi restabelecida com a chegada do novo governador, Felix José Machado. Arrefecidos os ânimos, o rei D.João V deu anistia geral aos revoltosos, encerrando a questão.

  • A Inconfidência Mineira (1789)
     Nascida de um sonho estudantil, sem consistência ideológica e, principalmente, sem uma estratégia militar definida, a insurreição de Minas estava, desde o início, destinada ao fracasso. Os jovens acadêmicos, recém chegados da França, onde haviam tomado contato com as novai ideias dos iluministas e enciclopedistas, acreditavam ser o Brasil um excelente campo para a aplicação prática dessas teses, tanto mais, que encontraram, nas Minas Gerais, um ambiente de agitação e revolta, pelo anúncio de novas medidas visando aumentar a arrecadação de impostos por cima das já exauridas minas de ouro. Unindo-se a outros elementos locais, e contando com a participação apaixonada e delirante de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, os conjurados mineiros passaram a atrair a adesão de outras regiões do país, fazendo-o de forma descuidada e sem planejamento, o que tornava quase impossível manter segredo do movimento que se organizava. Não bastasse isso, como costuma acontecer em movimentos revoltosos, acabou surgindo um traidor, na pessoa de Joaquim Silvério dos Reis que, devedor do fisco, acreditava que seus débitos seriam anistiados com o benefício da delação. O governador de Minas Gerais, visconde de Barbacena, tomou a primeira providência para abortar a revolta, suspendendo a derrama (imposto proporcional aos rendimentos e que, naquele momento, estava fixado em um quinto do ouro apurado). Em seguinda, mandou prender os inconfidentes, que, depois de um longo processo, foram condenados: doze deles receberam a pena de morte e os restantes a de degredo. Mais tarde, revista a sentença apenas Tiradentes teve sua pena de morte confirmada, sendo os demais degredados, menos Cláudio Manuel da Costa, que suicidou-se na prisão. Tiradentes foi enforcado em 21 de abril de 1782 no Rio de Janeiro, sendo esquartejado e suas partes expostas em Minas Gerais.

Obs: Degredo é a pena consistente em afastamento da terra natal por certo tempo ou por toda vida; pode ser entendido como exílio.

  • Conjuração dos Alfaiates (1798)
      O movimento que ficou conhecido como Conjuração dos Alfaiates teve lugar na Bahia e diferenciou-se dos demais por contar com uma participação ativa de pessoas humildes, sem posses, e que, simplesmente reivindicava igualdade social e racial. Nos outros movimentos, o povo entrou na história pela porta dos fundos. Participou da luta como assalariado ou como escravo, sem nela ter qualquer liderança, já que os interesses em jogo eram dos senhores da fortuna, ameaçados por razões circunstanciais. Nesse movimento  são os escravos negros, cujos nomes a história não registra, alfaiates, entre eles João de Deus e Manuel Faustino e soldados da milícia, como Dantas Torres e Gonzaga das Virgens. Infelizmente, como na Inconfidência Mineira, a Conjuração dos Alfaiates não contava com organização,  nem dinheiro, nem armas, nem estratégia para garantir o sucesso da empreitada. Como ajuda externa, apenas o apoio de maçons e partidários de idéias liberais, destacando-se entre estes a figura de Cipriano Barata.  Cipriano José Barata de Almeida (esse era seu nome completo), estudara na Universidade de Coimbra, onde se formou em filosofia e cirurgia, defendendo com vigor ideais de liberdade, sonhando com a formação de uma república no Brasil.
Os conspiradores, quase todos eles negros ou mulatos, sairam pelas ruas afixando papéis manuscritos (não havia imprensa no Brasil) e anunciando abertamente um movimento pela redenção da raça e pelos direitos à igualdade e liberdade. Como era de se esperar, a repressão foi imediata e violenta, com a prisão e enforcamento dos principais envolvidos. Os que menos participaram, foram banidos, condenados ao exílio, e somente os homens mais cultos e influentes, escudados na maçonaria,  conseguiram escapar sem nenhum arranhão. Cipriano Barata foi um deles e, mais tarde, teve participação importante, como jornalista e político, no período que se seguiu à Proclamação da Independência.

  • Uma República em Pernambuco
     Após a Revolução Francesa, ocorrida em 1789, o absolutismo das monarquias passou a ser ameaçado pelos novos ideais de liberdade pregados mundo afora, o que obrigou os reis a se juntarem em aliança para combater a perniciosa divulgação de tais conceitos. Com a repressão a tais idéias subversivas à ordem vigente, os propagandistas dos ideais revolucionários passaram a se reunir em sociedades secretas, como a maçonaria (também conhecidos por pedreiros livres), os quais, principalmente no Brasil, tiveram papel ativo não só na organização de movimentos como na participação dos governos. Foram uma das alavancas que impulsionou a Proclamação da Independência e foram um dos pivôs da crise que levou mais tarde à Proclamação da República. Por volta de 1601 já se tem notícia da formação das primeiras lojas maçônicas no Brasil, sendo um dos núcleos importantes a cidade de Recife, devido à influência econômica que Pernambuco ainda exercia, como tradicional produtor de cana de açucar. Nessa cidade fundou-se a loja maçônica denominada Areópago de Itambé, da qual participavam, entre outros, os irmãos Cavalcanti, o padre Câmara, Miguelito e João Ribeiro.
Em 1808, com a invasão de Portugal pelas tropas de Napoleão Bonaparte, a família real e toda a nobreza veio a se refugiar no Brasil, enquanto, na Europa, patriotas portugueses, auxiliados pela Inglaterra, lutavam pela expulsão dos invasores. Para dar consistência ao governo na nova terra, o Príncipe Regente viu-se na necessidade de tomar algumas medidas politico-administrativas: primeiro, declarou abertos os portos brasileiros a todas as nações do mundo (leia-se Inglaterra); segundo, declarou guerra à França e mandou invadir a Guiana Francesa, ao norte do Brasil, onde havia um pequeno destacamento militar que, de pronto, se rendeu; por fim (e esta foi a medida mais importante) criou o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves (lugar onde se vende mercadorias).  O Brasil deixava, assim, de ser colônia para se tornar um participante do reino, na pessoa do Príncipe, representado a casa real.

Essa mudança de status teve grande influência na formação de nossa nacionalidade, mas não impediu que, em 1917 eclodisse um movimento revolucionário em Pernambuco, alimentado pela grave crise econômica por que passavam os fazendeiros, a cujas reivindicações o governo central fazia ouvidos de mercador. Vinham à frente da revolta, além do padre Miguelito, já citado anteriormente, também Antônio Carlos de Andrade e Silva (irmão de José Bonifácio) e Leão Coroado. No princípio, tudo bem. Os portugueses, surpreendidos, fugiram e as tropas se dispersaram, deixando a cidade livre. Em seguida, o governador foi deposto e os revolucionários, animados, tentaram instalar uma República, baseada nos ideais da Revolução Francesa, conseguindo até a adesão de outras províncias vizinhas. Isso, até que  veio a repressão, violenta como acontecia em tais ocasiões. O movimento foi contido e parte da liderança (menos Antônio Carlos...) foi executada exemplarmente e o povo, mais uma vez, serviu de bucha para canhão: uma multidão morreu nas ruas, em luta contra as tropas portuguesas.

Este foi, ao que se tem registro, o último intento fracassado para obter a nossa Independência. O próximo aconterá em 1822, com o Principe D, Pedro à frente e, dessa vez, o país conseguiu de fato libertar-se de Portugal. Mas essa é outra história, que será contada na próxima postagem.

Bom Estudooooooooooo